Ailton Antônio Pinto, pai da estudante de medicina Maria Luiza Costa Pinto, esfaqueada por um colega, disse ao G1, que a maior vontade da filha, após receber alta nesta sexta-feira (25), é se recuperar e poder retomar os estudos. “Ela está preocupada em melhorar e voltar logo para aula”, contou.
Segundo Pinto, os médicos recomendaram repouso absoluto e não comentar sobre o assunto com Maria Luiza, durante o período de recuperação. Sobre a previsão para que ela volte a estudar, o pai contou que inicialmente o prazo é de 20 dias.
A jovem, de acordo com Ailton Pinto, está tranquila e não reclama dos ferimentos. “todos são graves, um por exemplo, atingiu o rim, são preocupantes, mas ela não reclama”, explicou. Segundo ele, a vesícula biliar de Maria Luiza precisou ser extraída.
Após o ocorrido, a família deve deixar a casa onde mora no bairro Salgado Filho, na Região Oeste de Belo Horizonte. “Nós já tínhamos intenção de mudar, nós devemos mudar”, contou. Foi quando chegavam em casa, que pai e filha, na noite de sábado (19), foram surpreendidos por um homem que estava com o rosto encoberto por um pano. O suspeito começou a atacar Maria Luiza a facadas, segundo relato de testemunhas. Vitor Guilherme Ribeiro, também estudante de medicina, é apontado pela polícia como o suspeito da agressão.
Maria Luiza levou oito facadas e ficou internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital, até esta sexta-feira (25). O pai da estudante sofreu ferimentos leves. Ele presenciou toda a agressão à filha. “Eu vi ela deitada no chão voando sangue pra todo lado. Vi um rapaz se levantando e correndo e eu saí no encalço dele. Ele correu pro portão automático, mas o portão já tinha acabado de fechar. Ele não conseguiu sair, eu entrei em luta com ele e ele me jogou no chão e escalou o portão, passou por cima da cerca elétrica e caiu na rua”, contou o pai da vítima.
Ribeiro se apresentou à polícia na tarde desta terça-feira (22), prestou depoimento e foi liberado. O advogado de defesa do estudante disse que o jovem de 21 anos admitiu ter cometido o crime por causa de um amor não correspondido.
A Justiça negou na quarta-feira (23) o pedido de prisão temporária do suspeito. O pai de Maria Luiza comentou sobre a decisão. “Achei que num deveria acontecer, mas num sei, essa lei nossa ai você já viu né!”. Pinto também falou sobre a vontade da filha. “Ela espera que seja feita justiça”, concluiu.
Maria Luiza, estudante de medicina, foi esfaqueada no sábado (19) (Foto: Reprodução TV Globo) |
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