quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Bovespa sobe quase 3%, no quinto pregão seguido de alta

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou ao quinto pregão consecutivo de alta nesta quinta-feira (1º) e subiu quase 3%, ajustando-se ao novo patamar dos juros no Brasil, após a redução inesperada da taxa básica de 12,5% para 12 % ao ano.



O Ibovespa subiu 2,87% e fechou aos 58.118 pontos. O volume financeiro atingiu R$ 9,58 bilhões, acima da média diária de 2011.
Na véspera, o principal indicador do mercado acionário brasileiro fechou agosto -- mês de forte volatilidade -- com queda de 3,96%. No ano, a desvalorização do Ibovespa está em 16,14%.
A alta foi garantida na primeira hora de pregão. Depois disso, o índice manteve-se praticamente estável acima dos 58 mil pontos, patamar inédito em quase um mês.
Selic"Logicamente, foi um ajuste a essa queda da taxa de juro. É um movimento pontual", disse o analista da corretora SLW, Pedro Galdi. "Mas o cenário para o mês, aparentemente, é de recuperação (alta das ações)."
Na noite de quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) contrariou as expectativas de manutenção da taxa básica de juros e reduziu a Selic a 12% ao ano, identificando uma piora na economia internacional.
Analistas revisaram nesta quinta-feira as projeções para a taxa de juros. O Bank of America Merrill Lynch e o Itaú Unibanco estimavam queda da Selic a 11% no fim de 2011, mas o Credit Suisse ia mais longe, prevendo corte a 8,5% já em janeiro.
O custo menor do crédito, em princípio, favorece empresas como construtoras, varejistas e bancos. O índice do setor imobiliário teve alta de 6,2%, e o do setor financeiro avançou 5,82%.
A maior alta percentual do índice foi da varejista on-line B2W, com valorização de 8,41%, a R$ 17,40, seguida de perto pelas ações da BM&FBovespa, com alta de 8,25%, a R$ 10,10.
O banco JPMorgan defendeu a compra de ações brasileiras após o corte do juro, com destaque para empresas como as construtoras PDG e MRV e o banco Itaú, mas recomendou pressa, dizendo que há uma série de "ressalvas" estruturais: "a inflação é uma ameaça real para a sustentabilidade dessa alta das ações", escreveram os analistas liderados pelo economista Adrian Mowat.
Cenário externoOs investidores agora aguardam, ao longo do mês, notícias sobre a implementação do pacote de ajuda à Grécia, sobre as medidas do governo dos Estados Unidos para a geração de emprego e sobre a possibilidade de um novo programa de estímulo à economia norte-americana, acrescentou Galdi, da SLW.
Um importante dado a ser levado em conta pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), a criação de empregos em agosto, será divulgado nesta sexta-feira.
Na contramão do bom-humor do mercado, alguns dos principais papéis de telecomunicações se desvalorizaram, com destaque para a queda de 1,52% da Telesp, a R$ 49,40. Os papéis da TIM também caíram, fechando em baixa de 0,21%, a R$ 9,70.
Frente à forte valorização dos papéis de ambas as companhias no ano (cerca de 30% e 45%, respectivamente), segundo analistas, há uma migração normal em busca de ações mais baratas.
"Acreditamos que seja apenas uma realização de lucros para fazer posição em outros setores mais descontados em bolsa", disse o analista-chefe da Concórdia Corretora, Leonardo Zanfelicio.
Fonte:
Mercados

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