Os Estados Unidos tentaram matar mais um alto líder da rede terrorista Al Qaeda nesta quinta-feira (5), mas o bombardeio realizado no Iêmen errou seu alvo, segundo informações publicadas hoje pelo norte-americano "The Wall Street Journal".
O objetivo da missão era acertar o clérigo Anwar al-Awlaki, nascido em território norte-americano mas de ascendência iemenita, e visto como uma das principais lideranças da Al Qaeda após a morte do saudita Osama bin Laden, assassinado em uma operação militar norte-americana no último domingo.
"The Wall Street Journal", que cita fontes militares dos EUA e do Iêmen, um avião não tripulado (também chamado de 'drone') teria disparado um míssil contra a suposta localização do terrorista, mas teria errado o alvo.
"Mais perigoso que Bin Laden"
Em fevereiro passado, o diretor do Centro Nacional Antiterrorismo, Michael Leiter, disse durante a audiência no Comité de Segurança Nacional da Câmara dos Deputados dos EUA que considerava Anwar al-Awlaki, líder da Al Qaeda na Península Arábica, a principal ameaça aos EUA em seu território, mais que o terrorista Osama Bin Laden, cujo paradeiro na época era ainda desconhecido.
Pelo menos no currículo e na capacidade de influenciar jovens muçulmanos a cometer atos terroristas, Anwar al-Awlaki está no mesmo patamar de Osama Bin Laden. No radar de segurança nacionalamericano há quase um ano, a CIA acredita que ele esteja escondido no Iêmen, para onde se mudou com a família em 2004. Ele é filho de Nasser, ministro da Agricultura do país.
Aos 39 anos, Awlaki é um clérigo radicalnascido no estado do Novo México, nos EUA, e parte da nova geração de jihadistas digitais que utilizam a internet para inspirar seusseguidores.
Com inglês e árabe fluentes, um discurso mais próximo ao Ocidente– apesar de um certo ressentimento com os jovens muçulmanos que se renderam à cultura ocidental -, ele se tornou popular entre os radicais islâmicos, e usa mensagens de texto, Facebook e CDs com pregações – um deles intitulado “44 maneiras de apoiar a Jihad” (guerra santa) -, para espalhar um discurso no qual prega o uso da violência como um “dever religioso”.
*Com informações de "WSJ" e Andréia Martins, do UOL Notícias
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