Das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nove registraram queda no preço dos gêneros alimentícios essenciais, em setembro, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (5).
De acordo com o estudo, Natal registrou a maior queda no período: 6,17%. Em seguida, entre as grandes baixas, aparecem João Pessoa (-2,85%) e Aracaju (-2,19%). Em Vitória, o custo da cesta não teve alteração e sete cidades mostraram aumento de preços. A maior variação foi verificada em Goiânia (1,87%), seguida por Belo Horizonte (0,59%) e Manaus (0,52%).
O custo da cesta na capital gaúcha segue como a mais cara em setembro, vendida a R$ 272,09. Em São Paulo, o valor da cesta ficou em R$ 267,19. Na sequência, aparecem Florianópolis (R$ 260,33), Belo Horizonte (R$ 250,96) e Rio de Janeiro (R$ 250,81). Têm os menores valores: Aracaju (R$ 183,61), João Pessoa (R$ 196,69) e Fortaleza (R$ 203,20).
O que ficou mais caro e mais baratoSegundo a pesquisa do Dieese, o leite ficou mais caro em 15 capitais, com maior taxa vista em Natal (14,93%). Tiveram queda somente Porto Alegre (-1,75%) e Salvador (- 2,94%). "A forte seca, em quase todo país, comprometeu os pastos e, com isso, houve diminuição na produção do
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O preço do café aumentou em 14 capitais, com as altas mais significativas partindo de Recife (7,41%), Belo Horizonte (5,83%) e Natal (5,63%). O item ficou mais barato em Aracaju (-0,40%), João Pessoa (-0,93%) e Brasília (-1,25%). "O clima prejudicou a produção dos cafezais, com frio e geadas seguidos de forte calor, o que causou a elevação dos preços do produto. Outro fator que contribuiu para a elevação dos preços foi a melhoria da qualidade do café vendido no Brasil, que era observada somente no produto exportado e que agora é apresentado ao consumidor brasileiro."
A carne também teve aumento de preço em 13 cidades, com destaque para Goiânia (6,18%). "Assim como a produção leiteira, também a carne foi afetada pelo clima, principalmente pela seca que reduziu as pastagens e, com isso, o abate do gado também foi reduzido."
Já o açúcar subiu de preço em menos capitais: 12. Os maiores preços foram observados no Rio de Janeiro (5,56%), em Porto Alegre (5,48%) e em Florianópolis (5,02%). Por outro lado, houve redução de preços em cinco regiões. "Apesar de a cana estar em plena safra no centro/sul, a falta de chuvas ocasionou a redução do teor de sacarose."
O feijão, com aumento em 11 capitais, teve a maior alta no preço em Belém (10,81%), Manaus (7,48%) e Fortaleza (7,38%). Mostraram queda de preços: Goiânia (-2,47%) e Natal (-3,88%). "Colhidas as duas principais safras, a oferta está garantida até o final do ano. No entanto, a época agora é de semear a safra principal, com colheita no final do ano e no início de 2012, mas o fator climático de seca ainda prevalece, o que pode prejudicar a produção futura do feijão."
O arroz subiu em dez capitais. A maior alta foi vista em Porto Alegre (11,61%), seguida por Manaus (2,69%).
O tomate ficou mais barato nas17 capitais e as taxas negativas foram maiores em Natal (-29,58%), e João Pessoa (-17,82%); e menores em Salvador (-2,18%) e Manaus (-2,22%). "O principal fator responsável pelo aumento foi a seca, que deixou um volume baixíssimo de água no solo, após frio e geadas."
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