Onde os suecos encontraram um problema, um lateral-esquerdo paranaense achou uma grande chance. Aos 27 anos, Ricardinho já havia deixado para trás o sonho de jogar pela Seleção Brasileira, mas o de disputar a Copa do Mundo de 2014 nunca esteve tão forte. A posição em que Ricardinho atua vem sendo a dor de cabeça da Suécia e o jogador do Malmö, ex-Coritiba e Atlético-MG, pode ser a solução e atuar na seleção de Ibrahimovic e companhia.
Em segundo lugar no Grupo E, a Suécia entra em campo nesta sexta-feira contra a vizinha Finlândia, fora de casa, precisando vencer para continuar na briga por um lugar na Eurocopa 2012. Nas duas derrotas da equipe até agora, os laterais tiveram atuações desastrosas e influência direta no resultado (4 a 1 para a Holanda e 2 a 1 para a Hungria). Foi depois desta última partida, no início de setembro, que o nome de Ricardinho passou a ganhar força.
- Começou meio de brincadeira. Um jornalista me perguntou o que eu achava de jogar pela seleção e eu disse que seria um prazer. Dali para frente não pararam mais de falar no assunto - diz Ricardinho, um dos jogadores preferidos dos torcedores do Malmö, por onde foi campeão sueco no ano passado.
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O lateral trocou o Coritiba pelo futebol sueco em 2009 e diz que passou a considerar a possibilidade de se naturalizar após renovar recentemente o contrato por mais três anos. Pela legislação local, Ricardinho teria que esperar pelo menos mais dois anos para ter direito à cidadania. No entanto, já houve exceções em esportes como o atletismo, o que poderia facilitar a vida do brasileiro.
- Como não sabia se ficaria ou não, preferia não pensar muito no assunto. Mas, agora que renovei o contrato e sei que irei continuar na Suécia, vou reforçar as aulas de sueco e buscar mais informações.
Elogios do técnico da Suécia
O treinador da seleção sueca, Erik Hamrén, elogiou o brasileiro e disse que não teria problemas em convocar um atleta naturalizado.
- Ele é um bom jogador, que se adaptou bem ao futebol sueco. Mas prefiro não falar muito sobre algo que não é possível de acontecer agora. Mas, para mim, se a pessoa tem a cidadania, então é sueca. Não vejo diferença alguma.
O próprio Ricardinho também pretende parar de falar no assunto por algum tempo, pois não quer correr o risco de ficar mal visto pelos colegas locais.
- Pode ficar parecendo que estou de olho na vaga de alguém, só porque um jogador teve uma atuação ruim. Gosto muito da Suécia e o pessoal me trata muito bem aqui. Então, não quero arrumar problemas. Claro que meu sonho sempre foi jogar pela seleção brasileira, mas sei que ficou muito distante. Se a possibilidade aqui existir, por que não?
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