O brasileiro Jean Charles Menezes, morto pela polícia de Londres em 2005 (Foto: AFP) |
Um primo do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia britânica no metrô de Londres em 2005, foi alvo de escutas ilegais realizadas pelo tabloide britânico “News of the World”, fechado na semana passada depois da explosão do escândalo.
A polícia informou aos parentes que o número de Alex Pereira, primo de Jean Charles, constava da lista de um detetive particular, Glenn Mulcaire, que trabalhava para o jornal.
"A família Menezes ficou muito abalada ao descobrir que seus telefones foram grampeados num momento em que se encontrava mais vulnerável", afirmou um porta-voz do grupo Justice4Jean.
"Eles ficaram intrigados por que a polícia não os procurou com esta informação mais cedo, e temem que a polícia possa estar tentando encobrir mais uma vez suas falhas relativas a este caso", acrescentou.
Os parentes do brasileiro escreveram uma carta ao primeiro-ministro David Cameronpedindo que o inquérito aberto para tratar dos grampos telefônicos abranja os vazamentos ocorridos durante as investigações sobre a morte de Jean Charles.
"Temos consciência de que os jornais do grupo News International realizaram uma das mais violentas e distorcidas coberturas sobre a morte de Jean Charles", afirma a carta.
Alex Pereira (ao centro), ao lado de Patrícia da Silva e Vivan Figueiredo, primos de Jean Charles, durante ato realizado após um ano da morte do brasileiro, em 2006 (Foto: AFP) |
Morte por engano
O eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes foi assassinado por engano pela polícia britânica em 22 de julho de 2005 ao ser confundido com um terrorista na estação de Stockwell. As investigações foram concluídas sem que ninguém fosse punido.
O eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes foi assassinado por engano pela polícia britânica em 22 de julho de 2005 ao ser confundido com um terrorista na estação de Stockwell. As investigações foram concluídas sem que ninguém fosse punido.
O tablóide “News of the World”, da News Corporation, é suspeito de realizar escutar ilegais contra milhares de pessoas, entre elas personalidades britânicas e membros da família real.
Diante das denúncias, o magnata Rupert Murdoch decidiu fechar a publicação. A última edição do periódico foi às bancas domingo.
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