Digamos que você exagerou nas redes sociais e soltou o verbo contra aquele time rival de sua equipe do coração mas que, por azar, é justo o que sua empresa patrocina. Ou que você foi pegoatirando pássaros contra porcos em pleno expediente. Digamos que, depois disso, você foi mandado embora.
Hora de maldizer as redes sociais e novas tecnologias? Nada disso! Use-as a seu favor. Para começar, é preciso conhecer as ferramentas voltadas exclusivamente para negócios. A mais popular é oLinkedIn.com.
O LinkedIn é um irmão engravatado do Facebook, mistura de banco de currículos com rede social que tem mais de 100 milhões de usuários no mundo todo. Só por aqui são 3 milhões de brasileiros, de estagiários a empresários e executivos.
Ao se cadastrar no LinkedIn você terá a oportunidade de redigir seu currículo, listando suas experiências profissionais, a vida acadêmica, seus hobbies e interesses e links para redes sociais (muito cuidado nessa hora). Faça todas as etapas com muito carinho, pois esse perfil pode substituir (e muito bem) seu currículo tradicional.
Por favor, nada de “Me Add aí” no LinkedIn
Depois disso, é hora de estabelecer suas conexões. As conexões são o equivalente do LinkedIn aos amigos do Facebook. O ideal é que você convide pessoas que você realmente conhece: colegas ex-colegas de faculdade e de trabalho, clientes, fornecedores e parceiros de negócio. Tenha bastante cuidado ao especificar a real relação deles com você na hora de fazer o convite: muita gente identifica essas pessoas como “amigos” o que, na verdade, os desqualifica para recomendar você (e não o contrário, como a falsa intimidade parece simbolizar).
Cada conexão é uma porta para um mundo de oportunidades. Vejamos o exemplo de uma pessoa com 558 conexões, ou seja, 558 contatos profissionais. O número pode parecer absurdo, mas é bem menos difícil chegar a essa marca do que parece. Esse cara tem acesso a 112.500 contatos de segundo nível – ou seja, pessoas que estão conectadas a um de seus contatos diretos. E não termina aí. Se considerarmos os contatos de terceiro nível (conexões dos contatos de seus contatos), são aproximadamente 5 milhões de potenciais empregadores, empregados e clientes.
O LinkedIn usa essa escala de contatos de primeiro, segundo e terceiro nível para tornar você visível na busca por perfis profissionais, experiências e oportunidades.
Cada contato no seu galho
Depois que você estiver craque no LinkedIn, vale experimentar uma das mais novas febres do Facebook, o BranchOut. Trata-se de uma mistura meio exótica de LinkedIn, Foursquare e FarmVille.
Primeiro, por rodar como um aplicativo de Facebook, o BranchOut parte de sua rede de amigos, que não necessariamente são contatos profissionais. Segundo, ele não se leva a sério, logo você também deve encará-lo de forma menos crítica. Por exemplo, para se ter um perfil considerado completo é preciso curtir a página do aplicativo (!). E tem mais: você pode ganhar selos de qualidade (os famosos badges do Foursquare) de acordo com seu número de conexões ou oferecidas por seus contatos.
Está mais para brincadeira do que para um serviço corporativo, mas como estão lá cada vez mais pessoas e há espaços para se postar vagas abertas e recomendar uns aos outros, não há motivo para ficar de fora dessa, ainda mais se você ainda está gastando sola de sapato por aí.
Por fim, algumas dicas que valem para todo mundo:
1) Facilite a vida do RH. Já que é inevitável que seu futuro empregador faça uma busca por você no Google, use agregadores (MeAdiciona, Flavors.me ou mesmo um site/blog pessoal) para concentrar sua presença na web e redes sociais;
2) Não faça besteiras. A internet é uma praça pública. Não faça nada na web que você não faria entre o balanço e o banco da pracinha.
3) Produza conteúdo. Publique sua monografia ou tese na rede (o Scribd é um ótimo site para isso). Se puder, faça apresentações sobre sua área de interesse e as coloque no Slideshare. Tenha um blog ou Tumblr. Compartilhe conhecimento e mostre que você domina o tema.
4) Participe. Inscreva-se em grupos de discussão, fóruns, comunidades ou blogs sobre sua área. Tenha voz ativa e opinião.
5) Empreenda. Enquanto o emprego não vem, o que você pode tentar fazer por conta própria? Vai que dá certo e você acaba usando esse artigo para contratar seus primeiros funcionários?
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