A equipe envolvida na investigação do acidente com o voo Rio-Paris AF 447 vai içar até a superfície todos os corpos que forem encontrados, confirmou nesta sexta-feira (6) o ministro da Defesa Nelson Jobim.
“Os corpos que foram encontrados serão retirados, evidentemente. Depois tem que saber quem são, fazer exame de DNA”, afirmou o ministro, no Rio de Janeiro.
A nova fase de buscas que investiga o acidente com o Airbus 330-203, que caiu no Atlântico em 2009 matando 228 pessoas, já conseguiu encontrar nos últimos dias as duas caixas pretas e retirou dois corpos que estavam em meio aos destroços da aeronave.
Os corpos foram içados de uma profundidade de quase quatro quilômetros, ainda presos no banco do avião, segundo informações da polícia francesa.
“Essas operações foram realizadas com o maior cuidado, em condições difíceis”, descreveu o ministério de Interior da França.
Também se informou hoje que a partir da metade de maio, a equipe envolvida nas buscas será reforçada para permitir a recuperação dos corpos e de objetos encontrados.
Os corpos de alguns passageiros foram encontrados flutuando no oceano pouco depois do acidente, mas a maioria das vítimas nunca foi localizada.
"O problema dos corpos é um pouco espinhoso. Há um aspecto traumatizante, não sabemos em que estado estão", disse esta semana à AFP Robert Soulas, vice-presidente da associação francesa das famílias de vítimas Ajuda Mútua e Solidariedade AF447.
"É muito estimulante para nós que estávamos sem notícias e ainda tínhamos esperança de encontrar os corpos. Vamos poder enfim enterrá-los", afirmou, por sua vez, o brasileiro Nelson Marinho, presidente da Associação das Famílias das Vítimas do Voo AF447 Rio-Paris.
*Com informações da AFP e da Reuters
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