segunda-feira, 16 de maio de 2011

Metroviários e parentes de vítimas protestam em nova estação do Metrô

Duas manifestações ocorriam na manhã dessa segunda em frente à Estação Pinheiros do Metrô, na Zona Oeste de São Paulo, prevista para ser inaugurada às 10h pelo governador paulista, Geraldo Alckmin. Lado a lado, integrantes do Sindicato dos Metroviários e parentes das sete pessoas que morreram em um acidente ocorrido no local durante a construção da obra, em 2007, faziam suas reivindicações.


Duas manifestações ocorriam na manhã dessa segunda em frente à Estação Pinheiros do Metrô, na Zona Oeste de São Paulo, prevista para ser inaugurada às 10h pelo governador paulista, Geraldo Alckmin. Lado a lado, integrantes do Sindicato dos Metroviários e parentes das sete pessoas que morreram em um acidente ocorrido no local durante a construção da obra, em 2007, faziam suas reivindicações.



SP: estação é inaugurada com protesto de parentes de mortos durante obras (Juliana Cardilli/G1)Thaís chegou a procurar na estação uma menção às vítimas, mas não encontrou nada. Ela, que chegou a ganhar uma indenização de RS 130 mil, foi ao local também para reivindicar uma ajuda para a mãe de seu marido morto. “Estamos aqui pela mãe do Wescley, que não recebeu nada, nem apoio psicológico”.
Inicialmente, a Estação Pinheiros funcionará de segunda a sexta-feira, das 4h40 às 15h, inclusive em feriados que caiam durante a semana, segundo a concessionária ViaQuatro, que opera a linha.
A integração com a Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que passa pela Marginal Pinheiros, está prevista para ocorrer em 30 de junho. A Pinheiros é a quarta estação da Linha 4-Amarela do Metrô a ser inaugurada. Em março, foi aberta a Estação Butantã. As estações Faria Lima e Paulista estão funcionando desde maio de 2010, todas ainda em fase de testes. A previsão é que a linha tenha 11 paradas, ao longo de quase 13 km, ligando a Luz, no Centro, à Vila Sônia.
A tragédia
Com o desabamento de parte do canteiro de obras, na tarde de 12 de janeiro de 2007, uma enorme cratera se abriu, engolindo veículos e pessoas que passavam pelo local. Logo no primeiro ano, de acordo com a Defensoria Pública do Estado, 61 acordos de indenização foram fechados com a Via Amarela, beneficiando 145 pessoas. Ainda há ações em andamento porque moradores do entorno perderam suas casas com o acidente.
Em janeiro de 2009, o Ministério Público de São Paulo denunciou 13 pessoas, entre funcionários do Metrô e do Consórcio Via Amarela, responsabilizando-os pelo desabamento das obras. A Justiça aceitou a denúncia e o processo foi aberto. Em março do ano passado, o desembargador Sydnei de Oliveira Jr., da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, suspendeu, em caráter liminar, a ação contra os 13 réus. O requerimento para a suspensão foi feito pela Via Amarela.
Em julho de 2010, por unanimidade, os três desembargadores que julgaram o mérito daquele habeas corpus revogaram a liminar e determinaram o prosseguimento da ação judicial, recomendando que as testemunhas fossem ouvidas.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a audiência de instrução para a oitiva das testemunhas de acusação deverá ocorrer em setembro deste ano no Fórum de Pinheiros, na capital paulista.
Cauã, filho do cobrador Wescley, que morreu no acidente em 2007, foi com a mãe à manifestação. (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Kauã, filho do cobrador Wescley, que morreu no acidente em 2007, foi com a mãe à manifestação. (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Integrantes do Sindicato dos Metroviários protestavam antes da inauguração da estação nesta segunda (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Integrantes do Sindicato dos Metroviários protestavam antes da inauguração da estação (Foto: Juliana Cardilli/G1)



Fonte:
G1


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