Maior fabricante de brinquedos do Brasil, a Estrela prepara a sua entrada no mercado de jogos online. O projeto segue a estratégia de modernização da empresa que, "sufocada" pela concorrência chinesa, tem buscado se reinventar e manter seus brinquedos e marcas atraentes para as novas gerações muito mais ligadas tecnologia.
O presidente da Estrela, Carlos Tilkian, afirmou em entrevista ao G1 que a empresa pretende lançar seus primeiros jogos na internet já no Natal.

Segundo Tilkian, a empresa tem um potencial de “no mínimo 50 jogos” que podem ser levados para o ambiente digital, incluindo clássicos da empresa como Banco Imobiliário, Jogo da Vida, Detetive e Autorama.
“É um projeto que já começou, que já está em andamento. O ideal é que a gente consiga para o Natal já alguma coisa”. Segundo ele, o desenvolvimento está sendo feito todo no Brasil numa parceria com a agência de publicidade DM9 e com desenvolvedores de games.
Em relação ao modelo de negócio, o executivo afirma que a empresa ainda analisa o melhor formato de cobrança. “Estamos num processo de investigação de mercado. Talvez o ideal seja ter uma parte do game em que a pessoa acessa livremente e se quiser continuar e pegar novos desafios, ela teria que pagar”, explica. “Você pode deixar o usuário testar durante alguns minutos e se ele quiser mais tempo ou mais níveis de dificuldade, de complexidade do jogo, ele teria dar uma contribuição”.
A Estrela garante, porém, que os jogos on-line permitirão os usuários brincarem em rede com outros. “Nunca vamos abrir mão do papel dos nossos brinquedos serem um facilitador social. Queremos ter sempre a ferramenta que permita o usuários jogarem com amigos on-line”, afirma Tilkian.
Segundo o executivo, o custo será “relativamente baixo” para os jogadores. “Aí é que está a beleza da internet. Você consegue gerar receita através de um impacto financeiro pequeno, mas você tem um número de usuários brutal, coisa que você não consegue na vida real”.
O presidente da Estrela destaca a oportunidade de novos negócios associados aos jogos na rede, como parcerias com empresas anunciantes. “Essa é uma estratégia que já adotamos. No ano passado, o produto mais vendido foi o ‘Superbanco imobiliário’ que teve empresas como o Banco Itaú e a Mastercard como parceiras. “Ao levar o Autorama, por exemplo, para um ambiente on-line podemos atrair parceiros do setor automobilístico e da indústria de pneus”.
A Estrela garante, porém, que os jogos on-line permitirão os usuários brincarem em rede com outros. “Nunca vamos abrir mão do papel dos nossos brinquedos serem um facilitador social. Queremos ter sempre a ferramenta que permita o usuários jogarem com amigos on-line”, afirma Tilkian.
Segundo o executivo, o custo será “relativamente baixo” para os jogadores. “Aí é que está a beleza da internet. Você consegue gerar receita através de um impacto financeiro pequeno, mas você tem um número de usuários brutal, coisa que você não consegue na vida real”.
O presidente da Estrela destaca a oportunidade de novos negócios associados aos jogos na rede, como parcerias com empresas anunciantes. “Essa é uma estratégia que já adotamos. No ano passado, o produto mais vendido foi o ‘Superbanco imobiliário’ que teve empresas como o Banco Itaú e a Mastercard como parceiras. “Ao levar o Autorama, por exemplo, para um ambiente on-line podemos atrair parceiros do setor automobilístico e da indústria de pneus”.
Fundada em 1937, a Estrela enfrentou uma forte crise com a abertura do mercado para os brinquedos importados e encolheu de tamanho. A empresa conseguiu dar a volta por cima ao apostar em tecnologia, resgate de brinquedos clássicos e também ao transferir parte de sua produção para fábricas terceirizadas na China. (Veja vídeo ao lado).
“No ano passado, 40% da nossa produção foi importado e 60% fabricado no Brasil”, afirma Tilkian. “Esse ano a gente acha que vai crescer um pouco a produção nacional”.
Em 2010, a companhia registrou um faturamento de R$ 139 milhões, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Para 2011, segundo o presidente da Estrela, a expectativa é uma nova alta, “da ordem de 15%”.
Busca de público mais amplo
Para a Estrela, no entanto, mais importante do que encontrar novas fontes de receita é reforçar a presença de suas marcas e ampliar a faixa etária de usuários. “Nosso foco não é só a criança. É o adulto jovem e o adolescente, que são os grandes usuários de games na internet”, afirma. “Transformar, por exemplo, o autorama num jogo on-line é algo que vai atingir não só a criança, mas também o pai”.
Até agora, a empresa vinha usando a internet mais como um instrumento de reforço de imagem e de relacionamento com os seus clientes. No ano passado, motivada pelos apelos de fãs do Ferrorama em redes sociais, a Estrela decidiu relançar o clássico, mas antes lançou pela internet um desafio: se eles conseguissem percorrer os 20 km finais do Caminho de Santiago de Compostela com o brinquedo, o Ferrorama seria relançado.
“No ano passado, 40% da nossa produção foi importado e 60% fabricado no Brasil”, afirma Tilkian. “Esse ano a gente acha que vai crescer um pouco a produção nacional”.
Em 2010, a companhia registrou um faturamento de R$ 139 milhões, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Para 2011, segundo o presidente da Estrela, a expectativa é uma nova alta, “da ordem de 15%”.
Busca de público mais amplo
Para a Estrela, no entanto, mais importante do que encontrar novas fontes de receita é reforçar a presença de suas marcas e ampliar a faixa etária de usuários. “Nosso foco não é só a criança. É o adulto jovem e o adolescente, que são os grandes usuários de games na internet”, afirma. “Transformar, por exemplo, o autorama num jogo on-line é algo que vai atingir não só a criança, mas também o pai”.
Até agora, a empresa vinha usando a internet mais como um instrumento de reforço de imagem e de relacionamento com os seus clientes. No ano passado, motivada pelos apelos de fãs do Ferrorama em redes sociais, a Estrela decidiu relançar o clássico, mas antes lançou pela internet um desafio: se eles conseguissem percorrer os 20 km finais do Caminho de Santiago de Compostela com o brinquedo, o Ferrorama seria relançado.
Neste ano, em nova ação voltada para a web, a Estrela lançou um aplicativo no Facebook do jogo Cara a Cara, no qual os usuários podem brincar usando as fotos dos seus próprios amigos. Para o Dia das Crianças, a empresa prepara o lançamento do jogo Pula Pirata com um cartão de realidade aumentada
“Essas são ações para começar a plantar a idéia de que existe uma relação direta entre o meio internet e o entretenimento de uma marca tradicional para que a gente possa ter num futuro próximo uma loja virtual vendendo os nossos games”, afirma.
O presidente da empresa acredita, porém, que a base das receitas da companhia continuará por muito tempo vindo das vendas dos brinquedos tradicionais.
“Assim como há 20 anos os videogames não tiraram o mercado do brinquedo tradicional, os games on-line não vão tirar. O mercado de brinquedos no mundo continua crescendo”, analisa.
“Essas são ações para começar a plantar a idéia de que existe uma relação direta entre o meio internet e o entretenimento de uma marca tradicional para que a gente possa ter num futuro próximo uma loja virtual vendendo os nossos games”, afirma.
O presidente da empresa acredita, porém, que a base das receitas da companhia continuará por muito tempo vindo das vendas dos brinquedos tradicionais.
“Assim como há 20 anos os videogames não tiraram o mercado do brinquedo tradicional, os games on-line não vão tirar. O mercado de brinquedos no mundo continua crescendo”, analisa.
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Carlos Tilkian, presidente da Estrela (Foto: Darlan Alvarenga/G1) |
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Versão do Cara a Cara no Facebook (Foto: Divulgação) |
Fonte:
Negócios
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