O ator Wagner Moura será o locutor dos comerciais da campanha do desarmamento que o governo federal lança na 6ª feira, dia 6 de maio. Famoso por interpretar no cinema (“Tropa de Elite”) a personagem capitão Nascimento, o ator narrará um filme cujas imagens foram recuperadas de um comercial de 2009, que mostrava a assustadora trajetória de uma bala perdida.
As imagens, produzidas pela agência DM9DDB, serão reaproveitadas para minimizar os custos da campanha atual. Eis o filme de 30 segundos (ainda sem a narração de Wagner Moura):
Ao usar um ator como Moura, que se popularizou por causa de um filme que retrata a violência no país, o governo pretende incentivar o maior número possível de pessoas a entregar voluntariamente armas guardadas em casa.
Há 3 novidades na campanha atual em relação a outras de anos anteriores:
1) anonimato: o cidadão que for até um posto de entrega (basicamente, num primeiro momento, delegacias da Polícia Federal) não precisará deixar nome nem endereço. Em campanhas anteriores, a pessoa deixava nome e CPF, entre outros dados pessoais;
2) pagamento eletrônico: ao entregar a arma, o cidadão receberá um cartão magnético de uso exclusivo e único. No ato, escolherá uma senha secreta. De posse do cartão, terá até 30 dias para ir a um caixa automático do Banco do Brasil e sacar o valor da recompensa em dinheiro –que vai variar de R$ 100 a R$ 300, conforme o tipo do armamento entregue.
Em campanha anteriores, era necessário dar um número de conta bancária, o pagamento demorava até 3 meses e muita gente reclamou. Desta vez, em tese, o processo será mais rápido;
3) destruição da arma: ao ser recebida, a arma será imediatamente inutilizada (com uma marretada no cano, por exemplo). Será uma garantia de que o armamento não será depois desviado e novamente usado pelo crime.
O governo não tem previsão de quantas armas possam ser recebidas. Em campanhas anteriores, foram recolhidas, ao todo, cerca de 500 mil peças.
Desta vez, o Ministério da Justiça tem um orçamento reservado de R$ 10 milhões para fazer os pagamentos.
Outro detalhe relevante informado ao Blog pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: “A transmissão dos comerciais da campanha serão gratuitas, pois as principais redes de TV aceitaram fazer a divulgação sem cobrar”.
É uma novidade razoável num país no qual o governo federal gasta mais de R$ 1 bilhão por ano em propagandas muitas vezes (ou quase sempre) dispensáveis.
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