quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Jobson é punido e só poderá voltar a jogar em março: 'Estou aliviado'



  jobson chorando bahia x fluminense (Foto: Agência Estado)
Depois de dois anos, Jobson
recebeu o veredicto da CAS nesta
 quarta-feira (Foto: Agência Estado)

Depois de três adiamentos, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu o destino de Jobson, que respondia por um processo de doping após ser flagrado por uso de crack no Campeonato Brasileiro de 2009. A entidade determinou uma pena de dois anos de suspensão para o atacante. O período, porém, não passa a contar a partir desta quarta-feira, mas sim de setembro de 2010. Como o jogador já cumpriu seis meses de suspensão no ano passado (entenda a conta logo abaixo), tempo que é contado como parte da punição, ele poderá voltar a jogar em 6 de março de 2012.
- Estou aliviado porque dos males esse foi o menor. Seis meses foi uma vitória. Estou bem tranquilo – disse Jobson.
Jobson já cumpriu seis meses de suspensão em 2010, pena determinada a ele pelo STJD. Depois disso, como não tinha mais punição a cumprir, ficou apenas esperando - como inocente - que o recurso da Agência Mundial Antidoping (Wada) fosse julgada na CAS. Como não tinha nenhuma punição válida contra ele no momento, voltou a jogar pelo Botafogo, Atlético-MG e Bahia.
De acordo com o regulamento da CAS, esse período - de junho de 2010 até esta quarta-feira - não pode ser descontado da pena de dois anos, já que ele não descumpriu nenhuma decisão jurídica.
A CAS também não considerou as partidas contra Coritiba e Palmeiras, nas quais o jogador foi flagrado no exame antidoping em 2009, como dois incidentes independentes. A reincidência levaria o atacante a ser banido do esporte - como ocorreu com a nadadora Rebecca Gusmão. A decisão foi comemorada pela defesa do jogador.
- Foi uma grande vitória. A metodologia de cálculo foi justa, dentro das especificidades de um caso de doping. Participei do julgamento com o Dr. Carlos Portinho e meu sócio Bichara Neto, e consideramos uma jurisprudência importante. É um voto de confiança no Jobson. Agora só depende dele aproveitar isso - disse o advogado do jogador, Marcos Motta.
Sem clube desde que deixou o Bahia, Jobson ainda tem vínculo com o Botafogo, mas não fazia parte do planejamento para esta temporada. O jogador, que renovou seu contrato com o Alvinegro em junho de 2010, quando terminou sua suspensão do STJD, tem contrato com o clube até 24 de junho de 2015.
Precedente do caso Dodô ajuda Jobson
Durante o julgamento na CAS, a Wada fez um requerimento de que os 18 meses restantes de suspensão começassem a contar somente a partir da data do anúncio da decisão, ou seja, nesta quarta-feira. Porém, o doping de 2007 do ex-alvinegro Dodô foi usado pela defesa de Jobson como precedente para que os advogados conseguissem que o tempo perdido em burocracias jurídicas, como tradução do processo do STJD para o inglês, encaminhamento para a Fifa, e da Fifa para a Wada, fosse descontado da pena de dois anos.
- O Painel da CAS aceitou a solicitação, e determinou, de acordo com seus critérios subjetivos, que fossem deduzidos mais quatro meses da pena, período que estabeleceram como referente ao tempo em que a Fifa levou para traduzir a decisão do STJD e comunicar a Wada para que ela pudesse julgar a necessidade de recurso  - explicou o também advogado de Jobson, Bichara Neto.
Com a acatação do pedido da defesa, a CAS contrariou o tópico 1 do artigo 53 do regulamento antidoping da Fifa, que diz que "o período de inelegibilidade deve começar logo que a decisão é comunicada ao jogador". No caso de Jobson, isso aconteceu em 4 de janeiro de 2011, quando a Wada entrou com o recurso na CAS, quatro meses depois da data decidida para o início da suspensão (6 de setembro de 2010).
Entenda o caso
Jobson foi flagrado no exame antidoping na reta final do Campeonato Brasileiro de 2009, em partidas contra o Coritiba e o Palmeiras, quando defendia o Botafogo. O laudo apontou uso de cocaína; diante do juiz, o atacante admitiu ter usado crack. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso e condenou o jogador a cumprir dois anos de suspensão. No entanto, após recurso, a pena foi reduzida a seis meses e cumprida no primeiro semestre de 2010.
O processo terminaria aí, se a Wada (Agência Mundial Antidoping) não tivesse entrado com um recurso: a instituição considerou a punição muito leve e pediu a pena base para casos de doping, que é de dois anos de suspensão. O atacante foi julgado pela CAS, na Suíça, no dia 21 de junho, e a decisão foi anunciada nesta quarta-feira.
Fonte:
globoesporte.globo.com

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