A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (8), durante declaração conjunta com o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, no Palácio do Planalto, que é "precipitada" a avaliação do rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos na última sexta-feira (5) pela agência Standard and Poor’s.
“Quero deixar claro que não compartilhamos com a avaliação precipitada e um tanto quanto rápida e, eu diria, sim, não correta, da agência que diminuiu o grau de valorização de crédito dos Estados Unidos, a Standard and Poor’s”, disse a presidente.
Dilma reafirmou que hoje o Brasil está mais forte para enfrentar a crise econômica mundial. “Expressei ao primeiro-ministro Harper uma análise sobre a situação do Brasil. Hoje, nós estamos muito mais fortes para enfrentar a crise do que no final de 2008 e no início de 2009. Temos quase 60% a mais de reservas. Hoje, chegamos a quase US$ 350 bilhões. Temos muito mais recursos depositados no Banco Central a título de compulsório. Hoje, um pouco mais que o dobro, US$ 420 bilhões de reservas é o que possuímos no Banco Central”.
Apesar de afirmar que o Brasil está mais preparado para enfrentar crises, Dilma disse que o país não está imune aos eventuais desdobramentos da atual crise.
“Mas temos clareza que não somos imunes, não vivemos numa ilha, mas sabemos que o Brasil tem força suficiente, e quero crer que o Canadá também, para fazer face a essa conjuntura”, declarou.
Coordenação política
Dilma discutirá a crise econômica mundial durante reunião de coordenação política do governo na tarde desta segunda-feira (8). Segundo relato da ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, Dilma está “atenta” e acompanhando com preocupação a crise econômica.
Dilma discutirá a crise econômica mundial durante reunião de coordenação política do governo na tarde desta segunda-feira (8). Segundo relato da ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, Dilma está “atenta” e acompanhando com preocupação a crise econômica.
Os mercados mundiais operam em baixa nesta segunda-feira, no primeiro dia de negociações após o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos na última sexta-feira (5) pela agência Standard and Poor’s.
O rebaixamento gerou incerteza ao piorar a nota dos Estados Unidos, que até então era considerado o melhor pagador do mundo entre os muitos países que emitem papéis para vender e pegar dinheiro emprestado no mercado financeiro.
Durante a reunião de coordenação, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará uma análise da crise econômica mundial. Mantega vem informando constantemente a presidente sobre os desdobramentos da crise. Na última sexta-feira, na Bahia, Dilma afirmou que o Brasil está mais preparado do que em 2008 para enfrentar crises econômicas.
Dificuldades
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou na manhã desta segunda, na abertura do seminário Políticas Públicas para a Nova Classe Média, promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, que “a situação da economia internacional é "séria". Segundo ela, a dificuldade de recuperação das economias europeias e da própria economia norte-americana é considerável”.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou na manhã desta segunda, na abertura do seminário Políticas Públicas para a Nova Classe Média, promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, que “a situação da economia internacional é "séria". Segundo ela, a dificuldade de recuperação das economias europeias e da própria economia norte-americana é considerável”.
“"No Brasil, temos que agir com cuidado e responsabilidade, como estamos agindo, para impedir que essa realidade interfira no nosso crescimento e estabilidade. A última coisa que queremos, a última coisa que podemos permitir, é colocar em risco o projeto de desenvolvimento do nosso país. Os tempos são duros e precisamos estar preparados para proteger o Brasil desta grave crise"”, afirmou a ministra.
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