A Polícia Civil investiga se câmeras de segurança instaladas em uma festa agropecuária realizada em São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, registraram o momento em que um autônomo de 42 anos foi atacado e teve umaparte de sua orelha decepada na última sexta-feira (15). O homem estava abraçado a seu filho de 18 anos quando um grupo os abordou e perguntou se eles eram gays. Mesmo diante da negativa, os dois foram atacados.
“Existe monitoramento interno lá. Então, a gente está tentando colher essas imagens para conseguir fazer uma filtragem e ver se a gente consegue, através delas, apurar o autor”, disse o delegado Fernando Zucarelli, do 1º Distrito Policial de São João da Boa Vista, nesta terça-feira (19). “Estão sendo ouvidas testemunhas. A vítima foi ouvida e está sendo submetida a exames, tentando chegar à elucidação do fato.”
O autônomo vive na cidade vizinha de Vargem Grande do Sul e foi à festa com seu filho, que mora no ABC com a mãe, e com as namoradas dos dois. “Elas foram no banheiro e nós ficamos em pé lá. Aí eu peguei e abracei ele. Aí passou um grupo, perguntou se nós éramos gays, eu falei: ‘Lógico que não, ele é meu filho’. Ainda falaram ‘agora que liberou, vocês têm que dar beijinho’. Houve um empurra-empurra, mas acabou, eles foram embora, achamos que tinha acabado ali”, contou a vítima.
Delegado espera identificar agressores após obter imagens da festa (Foto: Juliana Cardilli/G1) |
Pouco depois, entretanto, o grupo voltou. “Não sei se eu tomei um soco, o que foi, veio de trás, pegou no queixo, eu acho que eu apaguei. Quando eu levantei, eu achei que tinha tomado uma mordida, eu senti, a minha orelha já estava no chão.”
Segundo médicos, foi usado um objeto cortante. Não foi possível reimplantar o pedaço retirado.
Segundo médicos, foi usado um objeto cortante. Não foi possível reimplantar o pedaço retirado.
Depoimentos
De acordo com o delegado responsável, o depoimento das testemunhas coincide com o que foi relatado pela vítima. “As testemunhas viram somente a agressão. A principio disseram não conhecer o agressor, mas o depoimento delas converge para o mesmo fato, o mesmo agressor, a mesma situação”, afirmou. Segundo ele, apenas uma pessoa agrediu o pai e cortou sua orelha, enquanto outra pessoa atacou o filho, que também ficou ferido.
De acordo com o delegado responsável, o depoimento das testemunhas coincide com o que foi relatado pela vítima. “As testemunhas viram somente a agressão. A principio disseram não conhecer o agressor, mas o depoimento delas converge para o mesmo fato, o mesmo agressor, a mesma situação”, afirmou. Segundo ele, apenas uma pessoa agrediu o pai e cortou sua orelha, enquanto outra pessoa atacou o filho, que também ficou ferido.
Segundo o delegado, apesar de os depoimentos apontarem que a confusão começou porque pai e filho estavam abraçados, ainda não é possível dizer que se trata de um caso de homofobia. “Estamos apurando. A princípio, pelo que ouvimos até agora, isso não está bem claro. Só mesmo com o decorrer da apuração a gente vai poder dizer”, afirmou.
Além da agressão, os jovens poderão responder também por discriminação. As vítimas disseram não conhecer os suspeitos.
Além da agressão, os jovens poderão responder também por discriminação. As vítimas disseram não conhecer os suspeitos.
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