A Polícia Civil do Rio divulgou na noite deste domingo (19), o balanço parcial da operação de ocupação no Morro da Mangueira. Até as 20h deste domingo, a 17ª DP (São Cristóvão) registrou as seguintes apreensões: 32 veículos recuperados, 300 trouxinhas de maconha, 35 quilos de maconha, 2.504 papelotes de cocaína, 8 tabletes de maconha, 1 tablete de crack, 1.374 pedras de crack, 3 cheirinhos da loló, 2 carregadores de pistola taurus, 1 radiotransmissor, 1 réplica de fuzil e vasto material para endolação. Além disso, foram 2 presos (um em flagrante com drogas e outro por cumprimento de mandado de prisão por tráfico de drogas) e 2 menores detidos (flagrante com drogas). Não houve registro de confrontos.
Por volta das 10h40 deste domingo (19), policiais chegaram ao alto do Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio. Na localidade conhecida como Caixa D´Água, no Morro dos Telégrafos, que pertence à Mangueira, foram hasteadas duas bandeiras - uma do Brasil e outra do estado do Rio - que marcam o fim da megaoperação para a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade.
A operação
A operação começou às 6h e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão). As equipes tiveram também o apoio de quatro helicópteros, sendo dois blindados - um deles equipado com câmera com sensor térmico e infravermelho, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de caminhões, motos, ônibus, ambulâncias, reboques e outros veículos.
A operação começou às 6h e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas cerca de 400 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque, Companhia de Cães, Grupamento Aéreo e 14º BPM (São Cristóvão). As equipes tiveram também o apoio de quatro helicópteros, sendo dois blindados - um deles equipado com câmera com sensor térmico e infravermelho, das polícias Civil e Militar, outras 14 viaturas blindadas das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de caminhões, motos, ônibus, ambulâncias, reboques e outros veículos.
Entre os blindados, o anfíbio Lagarta M-113, capaz de derrubar barreiras de concreto e ferro, colocadas pelos traficantes, foi usado para transportar parte da força de ocupação ao alto dos morros. Segundo a PM, ele tem capacidade para levar até 12 pessoas de uma vez e possui uma metralhadora calibre .50, com poder para derrubar até aeronaves.
O trabalho, coordenado pela Secretaria de Segurança do Rio, contou com o uso de aparelhos de GPS instalados nas viaturas da PM e em 70 rádios transmissores usados por policiais, que facilitaram a comunicação dos agentes com as equipes que ficaram num centro de operações montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, próximo ao local.
Para o coronel Pinheiro Neto, que tem 27 anos de Polícia Militar, os agentes cumpriram seu papel. “O sentimento é de que o dever está sendo cumprido. A comunidade está receptiva à polícia, o que é significativo, e uma nova página do Rio de Janeiro está sendo cumprida com pacificação do Morro da Mangueira”.
Comércio aberto
Durante toda a manhã, o comércio no morro funcionou normalmente, com bancas de jornais e padarias abertas para atender os moradores. Por volta das 8h45, um caminhão da Comlurb fazia a coleta de lixo na região. Pelas ruas do bairro o clima foi de tranquilidade, mas, com medo de futuras represálias, moradores evitaram falar com a imprensa.
Durante toda a manhã, o comércio no morro funcionou normalmente, com bancas de jornais e padarias abertas para atender os moradores. Por volta das 8h45, um caminhão da Comlurb fazia a coleta de lixo na região. Pelas ruas do bairro o clima foi de tranquilidade, mas, com medo de futuras represálias, moradores evitaram falar com a imprensa.
Homens da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) usaram guinchos e reboques para retirar veículos suspeitos do morro. Já a Secretaria municipal de Obras foi ao local checar denúncias de obras irregulares, enquanto a Vigilância Sanitária fazia inspeções no comércio da área.
Agentes da Polinter usaram laptops para checar se os suspeitos detidos estão no banco de dados da polícia. Os detidos com passagem pela polícia foram levados para um centro de triagem montado no colégio Adolfo Bloch.
A operação foi coordenada pela Secretaria de Segurança, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. A ação conta também com a colaboração do Exército e da Força Aérea Brasileira.
Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também foram ocupadas.
Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.
Policiais fincaram bandeiras do Brasil e do Rio no alto do morro (Foto: Robson Bonin/G1) |
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